25 de novembro de 2008

20 de novembro de 2008

Nós ganhamos? :D

Acredito que todo mundo quando vai começar um trabalho é igual. A gente começa com uma brilhante idéia, inspirados ao máximo e em êxtase de estar libertando aquilo - seja em forma de texto, imagem, som. E isso faz com que a gente continue. E a cada parágrafo escrito, cada passo dado para frente é como se o mundo estivesse aos poucos na nossa mão. E é como se nós estivéssemos felizes por estar fazendo a melhor coisa, a mais divertida, a mais... compensadora.
Mas no meio do caminho, a empolgação diminui e a inspiração se perde um pouco. A gente já teve tempo para averiguar o que as outras pessoas fazem ou falam sobre aquilo e, naquele momento, nós começamos a pensar que nossa idéia já não é a melhor de todas... Que o trabalho que nós idealizamos não está 100%. Mas a gente continua, de qualquer maneira, a gente continua. Nós admitimos que nosso trabalho não está o melhor que poderíamos estar fazendo, mas a gente continua, porque sabe que depois vem uma revisão, uma segunda chance para nosso trabalho ser perfeito.
E quando a gente termina a gente tem certeza de que... está muito ruim. Porque o começo pode estar ótimo, mas todo o resto vai ter que ser refeito. E aí a gente dá uma desistida, e claro, de acordo com a nossa dead line a gente deixa o trabalho descansar um pouco.
Depois de uns dois dias, a gente tenta rever aquilo. E, é claro, eu digo tenta porque no fim a gente acaba corrigindo tudo. Esses pensamentos de "meudeus onde eu estava na cabeça quando escrevi ISSO?" são constantes o caminho todo. Aquele começo que parecia uma idéia genial, já começa a parecer bem mais ou menos, e nós começamos a sentir um certo receio de que todo o trabalho feito foi em vão.

Acho que... foi mais ou menos dessa maneira que nós fizemos nosso curta. A gente começou com uma idéia, com uma história de um cara malandrão que seria representado pelo França e uma menininha certinha que seria representada pela Isa. A gente fez uma seqüência de música e nosso curta ía ser o melhor curta ever, as pessoas íam cantar e dançar, o França ía interpretar Cazuza e por aí ía. Nós íamos ter nosso próprio Across the Universe, somado com uma boa quantia de Moulin Rouge, e tudo seria perfeito.
Mas é claro que fazer um musical assim tornou-se inviável. Que os estúdios eram muito caros, as vozes das pessoas eram difíceis de conseguir, era muita música, muita coisa e... muito pouco tempo. E então a gente foi tentando contornar o fato, vendo como poderíamos melhorar aquilo.
Foi aí que surgiu a idéia de buscarmos inspiração em outro lugar. Quem sabe amigos, quem sabe livros. Eu tive uma idéia bacana, de representar um conto do Woody Allen. Mas precisaríamos de diversos atores e atrizes e nossa professora não ficaria muito feliz. Afinal, nós só teríamos adaptado e essa não era a proposta do trabalho.
E a gente foi remoldulando, mudando de idéia, surgindo com novas opções. E quando a gente acabou, porque diferente da maioria das equipes, nós deixamos que todos tivessem um pouco de participação em tudo. Como por exemplo na edição, que todo mundo deu palpite apesar de nem todo mundo ter ido lá na BR editar. E era até engraçado porque quem ficava responsável de ir até a BR tinha que ouvir TODO MUNDO dando uma opinião de como tinha pensado em editar a cena, e no fim, fazer com que funcionasse, mesmo se não tivesse nada a ver com a idéia dos outros.
Eu admito que, eu editei algumas cenas. Eu fui em dois dias de edição e... apesar de opinar em quase tudo, eu não vi o filme pronto. Eu não vi ele pronto até a pré-estréia. Eu estava com o DVD em casa e eu não toquei naquilo. Eu arrumei cartazes e Dvds, entre outros, e nada de coragem de ver o filme. Eu já não tinha aquela mega expectativa do começo, nem achava que nosso filme seria o melhor de todos. Eu estava com aquele pensamento de que a idéia era legal, o filme era legal, as imagens... é, para quem gravou com uma câmera que perdia o foco com o vento, elas estavam boas. Eu acreditava que o filme estava bom, mas eu tinha aquele receio, um pouco de medo.
A gente tinha quinze minutos de filme. E quando, na sala, o povo começou a dizer que o curta deles tinha cinco a gente começou a ficar desesperado. Meudeus, a gente exagerou, a gente tem 15 minutos, vai ser cobrado bem mais. E foi bem desesperador. E sempre tem alguém no grupo que diz que tá tudo uma droga, que se alguém elogiar tem que dar um beijo e por aí vai. E como todo ser humano, nós somos levados pelo pessimismo e ficamos esperando pelo pior.
Então eu lembro que quando eu cheguei no Mambembe, para a nossa pré-estréia. E eu me lembro que eu estava anciosíssima. Eu sentei em uma mesa com amigos e família e eu lembro de falar pra todo mundo que caso o filme não os agradasse eu não devolveria dinheiro, eu não pediria desculpas. Porque o meu medo era tão grande, que antes mesmo de qualquer comentário, eu já precisava me explicar. E o curta começou, passou e as pessoas foram fazendo piada. Meus pais e meu irmão que nem sabiam muita coisa do curta começaram "Meudeus olha só é lá em casa! Que dia foi isso que eu não vi?". E aí quando acabou... as pessoas elogiaram. E, por um momento eu pensei "ah, eles são meus pais, o que você esperava?", mas daí um amigo meu - daqueles que dizem a verdade na cara mesmo - elogiou também. Então, a gente entendeu que talvez aquilo não parecesse o melhor porque a gente já tinha visto demais. E aí foi legal, tinha ficado legal, legal sabe?

Quando começou a premiação, porém, nenhum de nós tinha certeza de que íamos ganhar alguma coisa. Nós estávamos crentes de que todos os filmes que concorriam eram muito bons. E todos realmente foram muito bons, parabéns aliás. Então, quando nós ganhamos. O roteiro, principalmente, que é uma coisa nossa, que todo mundo leu, mexeu, deu opinião, foi uma das coisas mais bacanas que nos aconteceram. E acho que, foi muito legal, ver que pessoas tão importantes reconheceram nosso trabalho. Foi um verdadeiro orgulinho. E acho que é isso.
Eu acredito que todos na sala, começaram confusos, sem saber o que falar, como fazer. Todos tinham uma idéia brilhante que foi se perdendo com o tempo. Mas todos acreditaram e fizeram um ótimo trabalho. Portanto, é como se todos nós tivéssemos ganho o prêmio. Porque com certeza, todos mereciam.

Obrigada mesmo assim e parabéns a todos :)

19 de novembro de 2008

Melhor Roteiro / Melhor Intérprete



Brinks Produções - O problema é que eu te amo

Melhor Roteiro - O problema é que eu te amo
Melhor Intérprete - Renata Cunali

É muito legal ver como a idéia evoluiu e virou NOSSO filme. E não dá pra negar que receber um prêmio de jurados tão importantes no cinema paranaense e nacional é motivo de orgulho. Principalmente por concorrer com outras produções muito boas. A mostra Curta 6 hoje na Cinemateca exibiu bons filmes e nenhum deixou a desejar na comparação com os outros. Parabéns a todos nós dos 6º período de jornalismo da PUCPR. Obrigado a todos que nos ajudaram na longa e difícil caminhada até o dia de hoje e parabéns especialmente para a Renata e Carol-França-Lari (representantes de um roteiro pensado e discutido por todos).

A seguir fotos da estréia na Cinemateca 19/11 e Mambembe 18/11














por Vitor Geron, diretor aposentado

18 de novembro de 2008

Divulgação - Programe-se Lumen FM

Ouça o áudio da divulgação do curta 'O problema é que eu te amo' no Programe-se da Lumen FM 99.5 que foi ao ar hoje (terça-feira) às 18 horas.



Amanhã: fotos da pré-estréia

Aproveito também para lembrar que a estréia dos 6 curtas acontece amanhã, 20 horas, na Cinemateca.

por Vitor Geron

16 de novembro de 2008

Chegou a hora!!!


Pré-estréia dia 18/11 (terça-feira), a partir das 20h, na Cachaçaria Mambembe. Rua Barão de Guaraúna, 550 (esquina com a Rua Rocha Pombo), no Juvevê. R$4,00 de entrada.

Estréia dia 19/11 (quarta-feira), a partir das 20h, na Cinemateca.

Todos que acompanharam a saga "O problema é que eu te amo" estão convidados...

Os que não acompanharam mas tiverem curiosidade também estão convidados...

8 de novembro de 2008

Trailer



Em breve: cartaz, detalhes sobre a pré-estréia e o filme.

Aguardem...

por Vitor Geron

7 de novembro de 2008

Making Of



Em breve: cartaz, trailer, detalhes sobre a pré-estréia e o filme.

Aguardem...

por Vitor Geron